quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Portugal: Pordata - site tornou-se "revolucionário" e "único no mundo"


Por Lusa

Um ano depois do lançamento da Pordata, esta base de dados estatística, que conta já com mais de três milhões de visualizações, tornou-se um projecto “revolucionário” e “único no mundo”, disse à Lusa a responsável pelo site.

Fazendo um balanço, Maria João Valente Rosa afirmou que o site teve já 3,5 milhões de visualizações, mais de 740 mil visitas e 450 mil visitantes únicos.

Resultados que satisfazem a responsável, que sublinha que o site foi já acedido por 155 países diferentes, entre os quais Brasil, Espanha, Reino Unido, França e Estados Unidos.

“Somos uma referência nacional, mas não só. Em termos internacionais também já o somos de algum modo. A Pordata está a merecer atenção internacional como um projeto único, que não existe em mais parte nenhuma. Nenhuma plataforma consegue reunir uma tão vasta gama de informação estatística, estruturada e gratuita. Somos referência enquanto projecto, não só pelos dados”, assegurou.

A nível nacional, Maria João Valente considera que a Pordata já ocupa “um espaço importante em termos de estatística”.

“Temos múltiplos indicadores a esse nível. A alusão à Pordata aparece como uma referência em relação à qual não há dúvidas”, acrescentou.

Para isso têm trabalhado apenas quatro pessoas, que estão directamente ligadas à base de dados.

“Somos poucas, mas também nem temos a ambição de recolher os dados. Temos a ambição de aproximar os dados que existem das pessoas”, ou seja, trabalhá-los de forma a apresentar ao público os dados que os números revelam e não os números em si.

Para recolher os números, a Pordata conta com a colaboração de cerca de 50 entidades oficiais portuguesas, responsáveis pela produção de informação estatística nas diversas áreas, com especial destaque para o INE.

“Ao todo, temos mais de 70 mil séries estatísticas. Não é para assustar, não é para as pessoas se perderem, o que pretendemos é que a informação aqui apresentada sirva o conhecimento e para isso tentámos organizar a informação de maneira a que possa ser acedida de forma simples, sem beliscar o rigor dos dados”, afirmou.

No fundo, duas ideias estão na base do projecto: alargar o público-alvo e quebrar barreiras entre estatísticas e cidadãos.

Quanto a actualizações recentes, Maria João Valente destacou uma aplicação que foi desenvolvida e está já disponível para Iphone, uma outra que está a ser desenvolvida para Android e a criação de uma página no Facebook.

No que respeita a temas, a Pordata, que arrancou inicialmente com 12, conta recentemente com mais dois: “Ciência e Tecnologia” e “Ambiente, Energia e Território”.

“Foi também acrescentada uma nova base de dados da Europa, que nos permite fazer uma leitura de Portugal em relação a outros países da União Europeia”, referiu.

Para breve, mas sem data marcada, está previsto o lançamento do Pordata regiões, que vai disponibilizar informação à escala municipal.

“Temos actualizado permanentemente os dados, todos os dias, em resultado muitas vezes de solicitações que chegam, designadamente por e-mail”, explicou a responsável.

No âmbito de um protocolo celebrado com as redes de bibliotecas escolares, a Pordata tem também dado formação, sobre como utilizar e potencializar e informação disponível, a alunos e docentes, estando já abrangidos cerca de cem escolas e 1.500 alunos.

A Pordata foi organizada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, entidade criada pelo empresário Alexandre Soares dos Santos e família.

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